CISMA NA FRENTE Petista desconhece Cartaxo e diz que esquerdas não têm nome competitivo para disputar governo
A frente de esquerdas segue com dificuldades para se consolidar, desde que foi anunciada há algumas semanas. Inicialmente integrada por PT, PSB, PV, PSol, PCdoB, Rede e UP, a frente tentou atrair o PDT de Damião e Lígia Feliciano, mas não vingou. Agora, militantes de partidos do grupo começam a questionar sua capacidade de disputar as eleições do próximo ano.
O deputado petista Anísio Maia, que contesta reaproximação de seu partido com o PSB de Ricardo Coutinho, fez seu alerta: “Frente de esquerda restringe o nosso palanque. Teremos que ampliá-lo. Além do mais, uma frente desta teria que ter uma liderança competitiva para encabeçá-la e coesionar suas forças. No momento não enxergo esse personagem.”
As declarações foram dadas ao Blog de Anderson Soares: “Lideranças dos partidos, a exemplo de Ricardo Coutinho e Luciano Cartaxo têm se reunido, com frequência, para debater estratégias de enfrentamento ao governo Bolsonaro e também traçar discutir o possibilidade de formação de uma chapa majoritária para as eleições estaduais.” Como Ricardo Coutinho está inelegível para 2022, restaria, dentro da frente, o nome de Luciano Cartaxo.
Anísio, aparentemente, não perdoa a ação de Ricardo Coutinho de impor, através da direção nacional do PT, uma intervenção em João Pessoa para implodir sua candidatura a prefeito, em 2020. A intervenção, como se sabe, foi parar forçar os petistas apoiarem a candidatura do ex-governador que, ao final da disputa, foi fragorosamente derrotado e ficou apenas em 6º lugar.