ELEIÇÕES 2022 Oito nomes deverão integrar as três chapas na disputa ao governo do Estado e ao Senado
A preço de hoje, e considerando apenas os políticos em dia com a Justiça Eleitoral, ou seja, com a elegibilidade em dia, meu caro Paiakan, oito nomes, para mais ou para menos, devem compor as chapas majoritárias para as eleições do próximo ano, em pelo menos três frentes. São eles: Adriano Galdino, Aguinaldo Ribeiro, Cássio Cunha Lima, Efraim Morais, João Azevedo, Luciano Cartaxo, Luiz Couto e Romero Rodrigues.
Na seara governista, João Azevedo (Cidadania) deve disputar a reeleição, e, como tem aliança com Adriano (de saída do PSB), Aguinaldo (Progressistas) e Efraim (Dem), precisará encontrar uma fórmula de acomodar todos na chapa, e ainda, é claro, contemplar o MDB do senador Veneziano, que, segundo se comenta, estaria de olho na vaga de vice-governador, para indicar sua esposa, a secretária Ana Cláudia (Articulação Municipal).
Pela oposição, há evidências de duas chapas. Numa delas, existe uma pré-candidatura lançada de Romero (PSD) ao governo. Romero pode ter Cássio (PSDB) como candidato ao Senado, em que pese especulações de que o ex-senador pode, na verdade, vir a disputa o governo, na impossibilidade de Romero seguir adiante com sua candidatura. Se bem que Romero tem se apresentado bem em pesquisas recentes.
A outra chapa, integrada pela chamada frente de esquerdas, viria com o ex-prefeito Luciano Cartaxo (PV) na disputa a governo, tendo Luiz Couto (PT) como companheiro de chapa para disputar o Senado. O detalhe nessa frente é que, provavelmente, terá o ex-governador Ricardo Coutinho, ora inelegível, como provável coordenador, inclusive alinhado com a eventual candidatura de Lula a presidente.
Há, como se pode observar, meu caro Paiakan, alguns imbróglios a se resolver. Primeiro, a dúvida se João terá capacidade de unir Adriano, Aguinaldo e Efraim numa mesma chapa. Operação muito complexa. É mais provável que, ao fazer opção por um deles, venha a perder um ou outro, e assim haver alguma migração para a oposição liderada por Romero e Cássio.
E há também, obviamente, a questão ideológica. João tem se pronunciado em alinhamento com o PT, tanto que nomeou um ex-vereador do partido como secretário de Agricultura Familiar, na vaga de Luiz Couto. Mas, há um óbice: o PT de Lula tem mais simpatia e, certamente, mais compromissos com Ricardo Coutinho. Basta lembrar a intervenção que promoveu para fulminar a candidatura de Anísio Maia, ano passado, em favor do ex-governador.
Como é improvável que Ricardo Coutinho e João subam no mesmo palanque, em 2022, essa será uma questão a ser definida, dada, inclusive, as circunstâncias em que o partido de João (Cidadania) já se manifestou contra apoio a Lula e Bolsonaro, sinalizando para uma terceira via. Será interessante observar como Azevedo irá se posicionar num tabuleiro que exigirá muita destreza política, algo que ainda não consta de sua biografia.