QUEDA DE BRAÇO Afinal, com quem ficará o PDT nas eleições do próximo ano na Paraíba?
Com quem vai o PDT nas eleições do próximo ano, com Ricardo Coutinho ou com Damião/Lígia Feliciano? As especulações indicando eventual ofensiva do ex-governador para se filiar ao partido e oferecer um palanque a Ciro Gomes no Estado foram objeto de discussão no Distrito Federal, em alguns círculos políticos.
Num deles, o PT, não chegou a soar bem. É bem verdade que a direção nacional já considera ter pago a dívida política com Ricardo Coutinho, quando apoiou sua candidatura a prefeito, ano passado, inclusive calcinando a postulação do petista-raiz Anísio Maia. Mas, adotar a candidatura de Ciro é algo que escandaliza Gleisi Hoffmann.
Especialmente pelas críticas, uma oitava acima cada vez mais, de Ciro contra Lula. E são farpas pesadas, associando Lula ao comando do Mensalão e do Petrolão, algo que o PT repudia com veemência. E também pelo fato de Ciro ter assumido, nos últimos meses, a defesa do voto auditável, também defendido por Bolsonaro.
No PSB, ao suposto assédio de Ricardo Coutinho ao PSB é visto com certo alívio. Com isso, o partido se livraria de um peso que, a cada dia, vai se tornando mais incômodo para carregar. E também porque Carlos Siqueira, presidente nacional, espera que o deputado Gervásio Filho assuma o processo eleitoral sem sombras.
No PDT, a situação ganha outros contornos. Apesar da simpatia que uma pequena ala de pedetistas têm pela candidatura de Lula, o partido tem candidato, é Ciro Gomes. E qualquer filiado que alimente divergências internas não é bem visto por Carlos Luppi, presidente nacional. Talvez o partido não apoie Lula nem num eventual 2º turno.
Por último, não se pode perder de vista que, entre Ricardo Coutinho, que não tem mandato e está em queda livre, segundo mostrou a última eleição à prefeitura de João Pessoa, o partido vai preferir, claramente, um deputado federal e uma vice-governadora. Então, dificilmente a operação vai prosperar. “Morre no nascedouro”, diz um pedetista ao Blog.