JÁ VAI, TARDE Presidente do PSB lembra Calvário, briga com João e revela alívio com saída de Ricardo Coutinho
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, revelou ter lavados às mãos ante a iminente filiação de Ricardo Coutinho ao PT. Disse que fez tudo para manter o ex-governador no partido, inclusive rejeitando a pretensão de outras lideranças da legenda para dar a presidência da Fundação João Mangabeira ao ex-governador.
E lembrou que “ao assumir a Fundação João Mangabeira teve uma saraivada de denúncias contra ele, e eu jamais levei isso em consideração, porque eu não sou de fazer prejulgamento de ninguém. Esse assunto é da Justiça, do Ministério Público, eu não quero saber disso e ele cumpriu todo o mandato”. Siqueira referiu-se à Operação Calvário.
Mas, agora, pontua: “Vamos em frente, se ele deseja sair, que saia. A única coisa que ele não pode alegar é que houve um único motivo sequer para isso, não existe.” E lembrou como, por conta de conflitos criados pelo ex-governador, o PSB chegou a perder “importantes filiados” como o senador Veneziano Vital do Rego e o governador João Azevedo.
“Ele (Ricardo Coutinho) brigou com o governador João Azevedo, nós ficamos do lado dele. Brigou com o senador (Veneziano), nós ficamos do lado dele. E agora não posso brigar e nem quero perder o presidente estadual (Gervásio Maia), que também foi solidário a ele permanentemente por causa dele”, advertiu.
Siqueira também lembrou do episódio das eleições municipais, quando “ele resolveu de última hora ser candidato à prefeitura de João Pessoa, candidatura sabidamente que não tinha sucesso e foi gasto mais de um milhão de reais em sua campanha. Então, qual seria o motivo de sua saída do PSB?”
Gleisi – Em entrevista ao Sistema Arapuan, Siqueira revelou ter recebido o telefonema da presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann: “Ela me ligou e consultou se haveria algum problema a saída dele do PSB, então é porque evidentemente deve haver uma solicitação de filiação, estou pressupondo. E eu disse que não, a nossa relação com o PT independente disso.”