POR GRAVIDADE Aliança de Veneziano e Efraim pode fomentar composição de Aguinaldo, Romero e João para 2022
O pacto firmado do senador Veneziano Vital do Rego com o deputado Efraim Morais e o presidente da Assembleia Adriano Galdino ensejou uma sutil, mas perceptível, movimentação envolvendo o deputado Aguinaldo Ribeiro e o ex-prefeito Romero Rodrigues. Está no ar, meu caro Paiakan.
Em comum, os dois têm o fato de serem adversários de Veneziano, especialmente no âmbito de Campina Grande. Durante recente encontro, os dois cuidaram de fazer projeções para 2022 e encontraram uma confluência de projetos e ideias para a disputa da urnas.
O resta por aparar, e que não é pouco: o antagonismo entre Romero e o governador João Azevedo, um ranço, a bem da verdade, remanescente da antiga aliança que o ex-prefeito chegou a ter, via Cássio Cunha Lima, com Ricardo Coutinho, que foi desfeita, quando do rompimento deles para as eleições de 2014.
Há também outro espólio dessa antiga aliança a emulação de Cássio com João. O ex-senador não tem poupado o governador, exatamente por ter sido eleito com as bênçãos de Ricardo Coutinho e todo o aparato fraudulento bancado pela Cruz Vermelha e outras organizações sociais.
Está claro que o dinheiro da propina calvariana foi usado à larga para impedir a reeleição de Cássio ao Senado, em 2018. Ficou uma sena acumulada de mágoas. Então, esse é o cenário sobre o qual Aguinaldo terá de trabalhar, se pretende mesmo estreitar laços com seu aliado, Romero, e, por extensão, também Cássio.
De qualquer forma, parece meio óbvio que uma eventual candidatura de Veneziano ao governo poderá apressar esse tipo de entendimento, diante do antagonismo local em Campina Grande. Ou não.