PERDEU MAIS UMA Pâmela é absolvida em ação movida por Ricardo Coutinho por apontar sua ligação ao Jampa e às agressões na Granja
A Justiça voltou a frustrar planos de Ricardo Coutinho de condenar a ex-primeira-dama Pâmela Bório. O juiz José Normando Fernandes (1ª Vara Criminal de Sousa), acaba de julgar improcedente ação movida pelo ex-governador contra a jornalista por crimes de calúnia e difamação.
Ricardo Coutinho processou Pâmela, após entrevista concedida por ela à Rádio Líder FM, de Sousa, quando denunciou a agressão que sofreu na Granja Santana, em setembro de 2015, além de relacionar o Caso Jampa ao crime de Bruno Ernesto.
Mas, de acordo com o juiz não houve a materialidade das condutas imputadas a acusada, que não se encontraram comprovadas nos autos, o que acarretou também numa autoria delitiva prejudicada.
Segundo ainda o magistrado, Pâmela narra em sua entrevista apenas situações por ela vividas, “observadas e até mesmo apontadas como indícios e suspeitas de cometimento de crimes por parte da vítima”, mas que não caracteriza crime de difamação, já que reputou a acontecimentos, “discordando da forma em que eles ocorreram e, principalmente, demonstrado abalo emocional e consternação com as circunstâncias vivenciadas”.
Sobre o Caso Jampa Digital, Normando afirmou que a vítima encontrava-se em estado de investigado, não caracterizado imputação falsa e sim em imputação que foi concluída apenas em 2020, “retira o dolo da conduta da acusada, não havendo falar em crime de calúnia”.
Pâmela foi defendida pela advogada Laura Berquó e pelo defensor público Abdon Lopes.
Pra entender – Em sua entrevista, Pâmela havia afirmado: “Eu nunca havia também passado por isso na vida. Foram duas agressões que eu sofri por pessoas, a mando do governador Ricardo Coutinho. Uma é a babá, Indaiá Pires, que ele havia contratado em fevereiro daquele ano. E, cerca de dois meses depois, ele mandou fazer isso dentro da minha própria casa, na frente do nosso filho, em ambiente privado…”
E ainda: “Ele mandou a irmã dele, Viviane Coutinho, me bater dentro da granja. Me sequestraram, me levaram para dentro da igreja. Todos os policiais sabiam que eu não entrava só. Quando o carro tomou o caminho da granja, eu já comecei a suspeitar e já liguei pro meu advogado, ele foi testemunha.” Com Blog do Levi (blogdolevi.diariodosertao.com.br/)
Outro caso – Em junho último, a juíza Shirley Abrantes Moreira Régis (4ª Vara Criminal) também absolveu Pâmela Bório, em ação movida por Ricardo Coutinho. A ação tratou do episódio registrado em 2015, quando Pâmela foi agredida por uma irmã e uma sobrinha do ex-governador na Granja Santana.
O ex-governador processou Pâmela, por ter publicado em suas redes sociais, dizendo que “foi sequestrada, roubada, violentada em tentativa de homicídio a mando do governador que assistia a tudo com prazeres pela TV que transmitia as imagens do circuito de segurança em seu quarto”.
Em sua ação contra Pâmela, o ex-governador havia alegado que a postagem “propagou declaração caluniosa e difamatória que o atingem, e para tanto, transcreveu parte da mensagem publicada, que em igual forma passo a aqui consignar, iniciando pelos trechos do suposto crime de calúnia e em seguida pela difamação“.