FECHOU O TEMPO Republicanos mantém apoio a Efraim, sobe o tom com Aguinaldo e João sinaliza “condicionantes” para fechar chapa
A verdade é que o Republicanos, partido que mais cresceu na janela partidária, criou um problema tamanho família para o governador João Azevedo. De um lado, o partido confirmou apoio à reeleição de João, mas assumiu que manterá a parceria em torno da pré-candidatura de Efraim Filho (União) ao Senado. Dissidência da pesada.
Na sequência, o Cícero Lucena, um dos principais aliados do governador e defensor da candidatura de Aguinaldo Almeida (Progressistas) ao Senado, afirmou que não se ganha aliança com divisões. Um recado direto ao Republicanos. O partido chegou a se reunir com João para conter as labaredas, mas não recuou do apoio a Efraim.
Na manhã desta quinta (dia 31), em meio à várias movimentações partidárias, deputados do Republicanos, como Raniery Paulino, alertaram que se Aguinaldo quer o apoio do partido, precisa ir procurar os filiados. Um recado claro da importância da reciprocidade em qualquer aliança.
E para bater o martelo republicano, o deputado Hugo Motta, presidente do partido, mandou um recado ainda mais duro com endereço certo ao deputado Aguinaldo Ribeiro, que tem cobrado unidade em torno da chapa de João, incluindo sua candidatura: “Cada um cuida de seu partido.”
No meio do dia, o governador, aparentemente acossado pelos estremecimentos, afirmou que a pré-candidatura de Aguinaldo precisa de se ajustar “alguns condicionantes”. João não revelou quais os “condicionantes”, mas as suas declarações causaram amargura no clã Ribeiro.
Sem esquecer que, logo após confirmar que irá assumir a presidência do PSD, a senadora Daniella Ribeiro afirmou que “nunca” fez parte da base de João Azevedo, não cravou apoio automático do partido à sua chapa, e ainda deixou no ar a possibilidade de, inclusive, disputar o governo do Estado. Indagada, não negou, nem confirmou.