UMA COISA É UMA COISA… Veneziano pune Paulino por apoiar João, mas acha “natural” voltar contra a pré-candidata de seu partido
Uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa.
Não é novidade que o principal alicerce da pré-candidatura do senador Veneziano Vital do Rego é a possibilidade de ter o ex-presidente Lula em seu palanque. Se possível, com exclusividade. O encontro ocorrido, em Brasília, na última segunda (dia 11), de caciques do MDB com o petista, foi para tentar garantir o apoio do partido já no primeiro turno. Ainda que existam articulações pela pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS).
Mas, Veneziano não apoia Simone. Para O Globo, Veneziano admitiu: “Vejo com naturalidade (apoio a Lula), a partir do momento em que essa autonomia foi dada pela Executiva nas palavras do presidente Baleia Rossi. O fato de eu defender o apoio ao presidente Lula não significa dizer que o MDB não possa, na convenção, apresentar o nome da senadora Tebet. Você pode conviver com realidades locais que divergem da realidade nacional.”
E quando indagado se a aproximação do MDB com a 3ª via atrapalha os palanques estaduais, disse: “ Não muda nada. Nós temos um universo muito amplo e características próprias. As relações entre o MDB e o ex-presidente Lula e o PT no Nordeste são diferentes das relações do Sul do país e do Sudeste. Não há como mudar, de uma hora para outra. Se você pegar os nove estados do Nordeste, o apoio à candidatura de Lula é quase unanimidade.”
Ou, apenas para arrematar, meu caro Paiakan: na Paraíba, a insurreição de Roberto Paulino custou sua destituição da vice-presidência do MDB por não votar em Veneziano, mas, para o senador, votar num candidato que não é de seu partido, como seria Tebet, é apenas “natural”.
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