Transparência zero: onde será que o Governo aplica os R$ 3 bi dos empréstimos?
O tempo passa, o tempo voa, mas a Paraíba não evolui. No Governo Maranhão III, o Governo Federal ofereceu um empréstimo do BNDES, para compensar as perdas com a isenção de IPI. Quando o projeto chegou à Assembleia, o então deputado Zenóbio Toscano, presidente da CCJ, sentou em cima e só liberou meses após, depois que o Governo detalhou tudo onde ia aplicar o dinheiro.
Zenóbio argumentava que era preciso transparência na aplicação dos recursos. Que um Governo sério tem que ter transparência. Pois, não é que a história se repete? Mas, como estamos sob orientação, digamos, republicana, a história teve um final diferente. O Governo RC enviou projeto à Assembleia, solicitando autorização para o empréstimo, nos mesmos moldes do anterior.
Bem, a Casa aprovou o pedido de empréstimo de mais de R$ 700 milhões e, atendendo “jurisprudência” anterior, com uma emenda do deputado Gervásio Filho, que mandava o Governo detalhar tudo sobre a aplicação dos recursos. Pois, não é que o governador vetou? Vetou e seu veto foi mantido pela Assembleia como o voto da deputada Léa (esposa de Zenóbio) Toscano. (leia arremate – http://migre.me/c0Kbe)
Quer dizer, do Governo anterior se cobrava transparência, mas, do atual, não. E olha que o governador Ricardo Coutinho vai entrar para a história da Paraíba como o gestor que mais endividou o Estado. Em menos de dois anos como governador, já contraiu empréstimos que superaram a casa dos R$ 3 bilhões. E olha que já recebeu, em dinheiro carimbado para obras, mais de R$ 2 bilhões.
Com essa montanha de dinheiro, dava pra ter revolucionado qualquer Estado. Mas, como não se tem transparência onde os recursos são aplicados, vamos ficar todos na dúvida, entre saber se dinheiro está sendo estocado para adjutórios futuros, ou simplesmente torrado em alguma obra de caridade.