CASO PROPINODUTO Juiz confirma para 30 de agosto julgamento da ação da Calvário contra Gilberto, Livânia, Laura e Coriolano
O juiz José Guedes Cavalcanti Neto (4ª Vara Criminal) definiu, para às 9h de 30 de agosto, o início do julgamento do Caso Propinoduto, remanescente da Operação Calvário. A audiência de instrução e julgamento, inicialmente, seria realizada em 13 de julho.
Mas, o magistrado decidiu adiar, atendendo recurso apresentado por uma das rés, Laura Farias, com parecer do Ministério Público. Em seu despacho, José Guedes pontuou: “Importante registrar que a defesa dos acusados foi consultada sobre a data aprazada, para evitar choque de horário com eventuais audiências.”
Pra entender – O caso vem de junho de 2011, quando, durante uma blitz, policiais detiveram um veículo conduzido por um servidor do Estado, conduzindo uma mala com dinheiro.
Dentro da mala foram encontrados, além de R$ 81 mil em dinheiro, bilhetes sinalizando a divisão do butim com os ex-secretários Gilberto Carneiro, Livânia Farias e Laura Farias, além de Coriolano Coutinho.
O caso tinha caído no esquecimento, após misterioso sumiço do inquérito policial, mas, em 2019, durante uma delação, a ex-secretária Livânia Farias, não apenas confirmou o escândalo, como revelou detalhes, o que levou o Gaeco a inserir o caso no âmbito da Calvário.
Conforme a delação e as investigações, o dinheiro tinha sido sacado numa agência do Banco do Brasil, em Recife. Junto, os policiais encontraram um papel branco com as seguintes marcações: G – 28.000,00; L – 10.000,00; C – 39.000,00; Dra. Laura 4.000,00. Somando, totalizava precisamente… R$ 81 mil.
Conforme documento protocolado pelo Fórum dos Servidores da Paraíba junto ao Ministério Público, o “G” seria de Gilberto Carneiro (procurador geral do Estado, “L ” de Livânia Farias (secretária de Administração), “C” – Coriolano Coutinho (Irmão do governador) e Dra. Laura (Farias), então superintendente da Sudema.
Todos foram indiciados pela Justiça, após denúncia do Gaeco.