Caos no Trauma e a cruz que a Paraiba carrega na gestão RC
Impressiona como os fatos seguem desmentido o discurso do Governo Ricardo Coutinho. Foi mais do que preocupante o depoimento do médico Aristávora Fernandes ao Polêmica Paraíba, sobre a situação em que se encontra o Hospital de Trauma. Segundo ele, faltam médicos, leitos, analgésicos, antibióticos e até fio de sutura para cirurgias, “é um verdadeiro caos”.
E esse é o mesmo Hospital de Trauma, que o Governo RC terceirizou com a desastrada ONG Cruz Vermelha gaúcha, cujos gestores já se envolveram em vários escândalos pelo País afora. Essa é a mesma ONG que recebe, mensalmente, o dobro para gerir o hospital que, em governos anteriores, era administrado com R$ 4 milhões.
Esse é o mesmo Governo que, no ano passado, foi flagrado mandando médicos utilizar furadeiras de uso industrial em cirurgias de crâneos. E é administrado pelo mesmo governador que, há poucos dias, andou utilizando os meios de comunicação para dizer que o Hospital de Trauma se transformou numa referência em bom atendimento.
Mas, os fatos seguem desmentindo o discurso oficial no reino da girassolândia. Segundo o médico, “o Hospital de Trauma é um verdadeiro caos”. Fez, inclusive, um desabafo pessoal que bem dá a dimensão da situação: “Em 35 anos de militância, como médico, nunca vi um caos como este em que o hospital de encontra, pondo em risco a vida dos pacientes.”
O Trauma segue como o maior símbolo da incompetência girassol. Primeiro, não teve capacidade técnica para administrar um dos maiores hospitais do Nordeste. Depois, para se livrar do problema, terceirizou a unidade, alegando melhorias no atendimento. Nessa operação, torra quase R$ 8 milhões, quando eram necessários pouco mais de R$ 4 milhões.
Finalmente, faz propaganda enganosa ao anunciar que o hospital melhorou o atendimento. Na verdade, a ONG apenas barra um grande número de pacientes, que termina sobrecarregando outras unidades como o Trauminha, de Mangabeira. E mesmo rejeitando paciente, a Cruz Vermelha não consegue atender como o mínimo de qualidade que a população precisa.
Resumindo: a Paraíba segue carregando essa pesada cruz.