CALVÁRIO DA LOTEP Justiça acata denúncia do Gaeco e torna Ricardo e Coriolano Coutinho réus em mais uma ação penal
O juiz Marcial Henrique Ferraz da Cruz (2ª Vara Criminal) acatou, nesta quinta (12/01), denúncia, mais uma, formulada pelo Gaeco, em dezembro último, como resultado das investigações constantes da Operação Calvário 8, que apurou a suspeita prática de extorsão envolvendo a Lotep.
Com isso, foram tornados réus o ex-governador Ricardo Coutinho, seu irmão Coriolano Coutinho, além de Pedro Patrício de Sousa Júnior e Alexandre Magno Cândido da Cruz. A ação criminal trata de crimes contra o patrimônio e extorsão. É a 15ª ação penal contra Ricardo Coutinho.
De acordo com o Ministério Público, Coriolano aparece com pretenso sócio oculto, em movimentações financeiras, após barrar O Bilhetão (que pertencia a Daniel Gomes da Silva) a pedido de Ricardo Coutinho. A Lotep teria sido usada, portanto, para direcionamento de concessões à empresas de interesse da Orcrim desbaratada na Calvário.
Pra entender – Em março de 2020, durante a Operação Calvário 8, o Gaeco acusou Coriolano de liderar um esquema fraudulento na Lotep, junto com Mayara de Fátima Martins de Souza (secretária da Cruz Vermelha gaúcha) e Denylson Oliveira Machado (responsável pelo Paraíba de Prêmios).
Ao autorizar a operação, à ocasião, o desembargador Ricardo Vital destacou ligações perigosas de Mayara e a deputada Estela Bezerra. Mayara, como se sabe, foi chefe de gabinete da parlamentar, e depois assumiu o comando da Cruz Vermelha na Paraíba, por sua indicação.
Estela teria firmado contrato com a empresa Exata Consultoria (administrada por Mayara) para realizar “diversos eventos em apoio a candidatura de Estelizabel, além de supostamente ter atuado na vinculação do Paraíba de Prêmios”.
Defesa – Advogados de Ricardo Coutinho divulgaram nota, nos seguintes termos: “Além da denúncia se basear em ilações antigas, amparadas nas já rechaçadas e desacreditadas palavras de delatores premiados, a nova acusação só confirma o viés político e persecutório da chamada “Operação Calvário” contra Ricardo Coutinho, com o oferecimento de novas denúncias justamente no momento em que o seu nome passa a ser especulado para compor o novo governo do Presidente eleito.”