CALVÁRIO 22 Justiça de Brasília cita Ricardo Coutinho e mais dois por suposto desvio de R$ 50 milhões, segundo Gaeco
O ex-governador Ricardo Coutinho e os ex-diretores da Cruz Vermelha gaúcha, Keydison Samuel de Sousa e Milton Pacífico José Araújo estão sendo citados, via carta precatórias pela Justiça do Distrito Federal, em função da 22ª denúncia do Gaeco (Ministério Público da Paraíba), no âmbito da Operação Calvário.
Na denúncia, o MP pediu a devolução de R$ 49.307.156,11, afora outras penalidades, por conta de irregularidades no contrato de terceirização do Hospital de Trauma com a organização social, entre os anos de 2011 e 2019.
A denúncia traz delações premiadas, gravações e diversos documentos, apresentados como provas dos ilícitos, e são apontados crimes de corrupção passiva e ativa, peculato e crime de licitação.
Ao todo são treze pessoas denuncias, mas apenas o ex-governador, Keydison e Milton Pacífico foram citados na carta precatória do juiz Robert Kirchoff Berguerand de Melo (Brasília), por terem, supostamente, residência no Distrito Federal.
Denunciados – Treze pessoas foram denunciadas. Além de Ricardo Coutinho, Cláudia Veras, Daniel Gomes da Silva, Karla Michele Vitorino Maia, Keydison Samuel de Sousa Santiago, Leandro Nunes Azevedo, Livânia Farias, Michelle Louzada Cardoso, Milton Pacífico José de Araújo, Ricardo Elias Restum Antônio, Saulo de Avelar Esteves, Saulo Pereira Fernandes e Waldson de Souza.
Denúncia – Segundo o Gaeco, foram apurados vários repasses feitos pela organização social para agentes públicos, como propina. O prejuízo causado aos cofres públicos com a transferência ilegal de recursos e outros desvios teria alcançado perto de R$ 50 milhões no período de 2012 a 2017.
Ainda de acordo com as investigações, o desvio de recursos públicos teve início com o acerto da propina antes da contratação, e depois com a fixação de sobrepreço contratual.
O repasse, mensal de valores com sobrepreço da secretaria da Saúde à Cruz Vermelha, através da simulação de gastos empregada pela organização para dar vasão aos recursos recebidos da SES e, ainda, com o recebimento de valores ilícitos por parte de agentes públicos do Estado da Paraíba.