QUAL O REAL MOTIVO? A estranha demissão de um policial federal ex-candidato a deputado pelo ministro Dino
Não há como compactuar com irregularidades, seja em nível for. Mas, a verdade é que ficou muito estranha essa exoneração do policial Caio Márcio Ângelo de Sousa, que foi candidato a deputado federal, nas eleições do ano passado, fazendo oposição ao presidente Lula.
Em sua decisão de demissão, o ministro Flávio Dino (Justiça) alegou que Caio teria se utilizado do cargo “com o fim, ostensivo ou velado, de obter proveito de natureza político-partidária, para si; deixar de cumprir ou de fazer cumprir, na esfera de suas atribuições, as leis e os regulamentos; negligenciar ou descumprir a execução de ordem legítima de autoridade competente; e violar o dever de ser leal às instituições a que servir“.
Caio, no início da campanha, utilizava o nome de “Caio da Federal” mas, posteriormente, por determinação da PF, passou a se autodenominar candidato como “Policial Caio”. Na decisão do ministro, não ficou muito claro em que momento Caio, filho do ex-vereador petista CBS (Carlos Barbosa de Sousa), teria infringido a legislação.
Na verdade, foi uma exoneração estranha para um policial concursado que, em tese, poderia ser candidato a qualquer posto, ancorado na legislação. A menos que haja uma explicação mais convincente, pode terminar passando a impressão de se tratar, em verdade, de uma perseguição política. Diante disso, seus advogados já anunciaram que irão decorrer da decisão do ministro.