MOVIMENTOU R$ 600 MI… Empresário investigado por prática de pirâmide é preso no Rio e recambiado para Campina Grande
Não deixa de ser intrigante como a Paraíba, nos últimos tempos, tem frequentado o noticiário nacional, em crimes cibernéticos, outros da prática de pirâmides e ainda utilização suspeita de criptomoedas. Só pra citar os casos mais recentes, o escândalo da BraisCompany, que ganhou intensa repercussão, e, agora, o da empresa Fiji.
No caso BraisCompany, ressalvando recente leilão com o espólio da empresa, além da prisão de antigos funcionários na Argentina, pouco se sabe sobre o paradeiro dos reais autores do golpe, que teria “enxugado” de R$ 600 milhões a R$ 1 bilhão da economia, especialmente, de Campina Grande. Antônio e Fabrícia Ais seguem foragidos.
Agora, o empresário Buenos Aires, dono da empresa de criptomoedas Fiji, foi trazido de volta à Paraíba, após ser detido no Rio de Janeiro, suspeito de cometer o crime de abuso sexual no Rio de Janeiro. Mas, o empresário é um dos alvos da Operação Ilha da Fantasia, deflagrada pela Polícia Federal.
Investigações da Polícia Federal teriam chegado ao empresário e outros gestores das empresas Fiji e Softbank, por suposto cometimento de crimes contra o sistema financeiro nacional e de organização criminosa, nos últimos três, quando teriam movimentado valores equivalentes a aproximadamente R$ 600 milhões.
No Rio de Janeiro, o empresário Buenos Aires é acusado de armazenar imagens envolvendo pornografia infantil e, por esta razão, teve a prisão preventiva decretada. Buenos Aires tem como sócios Breno de Vasconcelos Azevedo e Emilene Maria Lima do Nascimento.
Investigações – A partir de março deste ano, o Ministério Público da Paraíba, acionado por eventuais clientes da empresa, recomendou à Fiji o pagamento aos clientes lesados, e deu um prazo de até 72 horas. A empresa tinha prometido iniciar no mesmo mês, mas não se concretizou.
Contudo, os clientes não receberam seus investimentos de volta, que eram acima de 5% ao mês. Por conta disso, no mês de abril, o MPPB solicitou o bloqueio do patrimônio da empresa, avaliado em R$ 399 milhões, e bens pessoais dos três sócios, incluindo imóveis, automóveis, aplicações e valores localizados em instituições financeiras.
Em seguida, a pedido da Polícia Federal, a 4ª Vara Federal de Campina Grande determinou a apreensão dos passaportes dos donos da empresa, levando em conta indícios de pirâmide financeira. No mês passado, Bueno revelou que pretendia iniciar o pagamento dos investidores no dia 21 deste mês de junho. Mas, não fez.
Quando começou a parar de pagar os juros fixos prometidos aos investidores, em fevereiro, o empresário alegou que uma das corretoras internacionais com as quais operava, a Kucoin, havia bloqueado o seu acesso à exchange e, com isso, inviabilizou os saques e transferência de recursos.
A BlockSeer, empresa que investiga crimes cibernéticos, descobriu em março que o acesso estava bloqueado porque o email usado por Bueno Aires fora banido pela Google.