PENSAMENTO PLURAL A maternidade de escravos, por Palmarí de Lucena
Num momento em que reacende a discussão sobre a escravidão no Brasil, o escritor Palmarí de Lucena, levante questionamentos importantes sobre essa questão da maternidade de escravos, a partir de levantamentos históricos na fazenda Tanques. Texto oportuno. Confira íntegra…
A “maternidade de escravos” na fazenda Tanques, Remigio PB, se referia ao local onde as mulheres escravizadas eram encaminhadas quando estavam grávidas, a fim de darem à luz seus filhos. As condições dessas maternidades eram precárias e desumanas, com muitas mulheres sofrendo com a falta de assistência médica adequada, higiene precária e condições insalubres.
Nesses lugares, as mulheres eram forçadas a continuar trabalhando até pouco antes de darem à luz, não recebendo nenhum tipo de tratamento especial durante a gravidez. Após o parto, as mulheres tinham que se recuperar rapidamente e voltar ao trabalho, muitas vezes sendo separadas de seus filhos logo após o nascimento.
Essa prática era comum em fazendas de escravos, onde a reprodução dos escravos era incentivada como uma forma de aumentar o número de cativos disponíveis para o trabalho. Além disso, os filhos de escravos eram considerados propriedade dos donos da fazenda e poderiam ser vendidos a qualquer momento.
É importante ressaltar que a escravidão foi uma prática extremamente desumana e cruel, que violava os direitos básicos dos seres humanos. A maternidade de escravos na fazenda Tanques é apenas um exemplo de como as mulheres escravizadas eram tratadas de forma desumana e explorada para benefício dos proprietários de escravos.
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