VEM DA CALVÁRIO… Juiz confirma para 27 de outubro julgamento do esquema da arapongagem contra Ricardo Coutinho e mais seis
O juiz Eslu Eloy Filho (7ª Vara Criminal) confirmou, para às 9h de 27 de outubro, a retomada do julgamento de ação penal contra Ricardo Coutinho e mais cinco pessoas envolvidas no chamado Escândalo da Arapongagem, que integrou a fase 8 da Operação Calvário.
Na ação acatada pelo magistrado, em 25 de abril de 2022, após denúncia do Gaeco, o ex-governador Ricardo Coutinho e mais seis pessoas são acusadas de pagamento de propina a auditor do Tribunal de Contas do Estado, além da contratação da empresa de inteligência TrueSafety, para confecção de dossiês contra conselheiros e até seus familiares, inclusive crianças.
CONFIRA TRECHOS DA DENÚNCIA…
Ainda de acordo com o Gaeco, os dossiês tinham “o propósito de, no momento adequado, utilizá-las em desfavor dos agentes, constrangendo-os a não obstacularem a atuação da Orcrim, de forma a evitar ou retardar a atuação do órgão de controle sobre a gestão da saúde, por meio da CV (Cruz Vermelha)”.
A informação foi confirmada pelo lobista Daniel Gomes da Silva, em delação ao Gaeco (mais em http://bit.ly/2Q6CWQ5).
Réus – São réus nessa ação, além de Ricardo Coutinho, Gilberto Carneiro, Livânia Farias, Waldson de Sousa, o auditor Richard Euler Dantas, o controlador da Cruz Vermelha Brasileira, Daniel Gomes da Silva, e o ex-funcionário da Cruz Vermelha Brasileira, Ricardo Elias Restum Antônio.
Pra entender – Em março de 2020, o Gaeco denunciou Ricardo Coutinho e outros por um suposto esquema de contratação de dossiês para investigar conselheiros do TCE, e seus familiares visando coagir e aprovar as matérias de interesses do governo.
Segundo denúncia do Ministério Público, “dossiês foram solicitados por Ricardo (Coutinho) e Waldson (de Sousa) para levantar a vida de alguns conselheiros (resistentes ao assédio) e auditores do TCE, de forma a reverter o quadro de dificuldades”. Até crianças constavam no dossiê, segundo apurou a força-tarefa.