CONTA DE R$ 1,2 MILHÃO (vídeo) Médico conhecido pela ostentação é condenado pelo TCE por acumulação no Trauma e Cruz Vermelha
A história é antiga. Durante sua gestão como diretor do Hospital de Trauma, durante a terceirização pela Cruz Vermelha, o médico Edvan Benevides, envolveu-se em algumas polêmicas. Uma delas, foi quando imagens vazaram nas redes sociais, trazendo o médico num camarote, tomando cerveja e, para algumas pessoas, com clara ostentação.
Também chegou a ser denunciado, em outra ocasião, por acumulação de cargos. Segundo as denúncias, ele estaria com vários empregos públicos o que, em tese, seria vedado pela legislação. O médico reagiu às publicações, e chegou ameaçar jornalistas de processos judiciais.
Bem, agora, esse mesmo ex-diretor acaba de ser condenado pelo Tribunal de Contas do Estado a devolver R$ 1.222.408,11 aos cofres públicos, por, segundo a sentença, ter recebido vantagens, curiosamente, por… acumulação de cargos, especialmente no período de 2009 a 2021.
Diz a condenação que Edvan Benevides teria sido beneficiado com uma “exorbitante acumulação de vínculos públicos”. Nos autos, consta que o médico “ocupava sistematicamente mais de dois vínculos, em entes diferentes, chegando a ter quatro ou cinco vínculos” (Art. 37 de Constituição Federal).
Relator – O relator do processo foi o conselheiro Antônio Cláudio Silva Santos, que apontou a irregularidade, conforme as conclusões da Auditoria e do Ministério Público de Contas, e entendeu pelo ressarcimento, sendo assim, acompanhado pelos demais membros da Corte.
O conselheiro André Carlo Torres Pontes, no voto vista, observou que as vantagens recebidas pelo médico na condição de diretor da OS não foram contestadas. Os valores a serem ressarcidos devem recair na acumulação dos demais vínculos.
Outra condenação – Em agosto de 2022, após rejeitar um Recurso de Reconsideração, o TCE manteve condenação de débito, por contas julgadas irregulares no Trauma, pela Cruz Vermelha, Edvan Benevides e mais Ricardo Elias Restum Antônio, Constantino Ferreira Pires, Silvio Antônio Mota Guerra, Sidney da Silva Schmid, Milton Pacifico, Edvan Benevides Freitas Júnior. (mais em https://tinyurl.com/mrxnes4w)
Incidente – Em junho de 2020, o médico chegou a receber uma moção de repúdio de moradores de um condomínio de luxo em Bananeiras, por comportamento ostensivo e inapropriado, por “conduta penal específica de infração de medida sanitária preventiva”, conforme veiculado pela mídia. O caso terminou na delegacia de Polícia. (mais em https://tinyurl.com/3e5fpu4c)
Calvário – Em dezembro de 2019, Edvan Benevides foi citado em delação do lobista Daniel Gomes da Silva, por suposto envolvimento no esquema de pagamento de propinas, no escândalo desbaratado pelo Gaeco, no âmbito da Operação Calvário. Edvan negou. (mais em https://tinyurl.com/2xzuabpv)
Ostentação – Em 2014, durante um jogo da seleção brasileira, Edvan postou um vídeo em redes sociais, num camarote, em que ele diz: “Para vocês que estão aí assistindo, eu estou no camarote… Só fica a nata, certo. Cerveja e bebida à vontade… Aqui não é pão é água, não, viu seus lisos? Cambado de lisos tá assistindo em casa, a farra aqui é grande, certo? Aqui é pra quem pode.” Após o vídeo, Edvan ficou conhecida como médico-ostentação.
CONFIRA VÍDEO…