RESTA A DÚVIDA… Para onde vai Romero nas eleições do próximo ano em Campina Grande?
O comportamento pendular do deputado Romero Rodrigues tem feito, meu caro Paiakan, muitos se indagarem: para que lado, finalmente, Romero vai, nas eleições do próximo ano?
Um fato é inconteste, e foi o próprio senador Efraim Filho, quem terminou por revelar, durante o ato de filiação do prefeito Bruno Cunha Lima ao União Brasil: há um afastamento de Romero em relação a Romero, ou vice-versa. Tanto que prometeu procurar Romero, para tentar juntar “as pontas soltas”.
Têm sido frequentes as especulações, em torno das movimentações do deputado. Num dia, posa com o governador João Azevedo, e dá demonstrações de afinidades, sendo João adversário de Bruno. Noutro, o Republicanos de Hugo Motta sinaliza que Romero pediu prazo para definir se será candidato a prefeito.
De permeio, não compareceu à festa de filiação de Bruno ao União, deixando o espaço de parceiro preferencial do prefeito para o senador Veneziano Vital do Rego. Nem ele, nem seu aliado mais próximo, o também deputado Tovar Correia Lima que, segundo se comenta em Campina, teria sido seu candidato a prefeito in pectore em 2020.
Mas, sempre que indagado, Romero desconversa, diz que é cedo. E não comenta sobre o suposto prazo que teria pedido ao Republicanos e, dizem, também a João Azevedo, para definir se tomará a decisão ou não de ser candidato. Seria em fevereiro, no máximo, março.
Em Campina, há a convicção (pesquisas indicam) de que, se for candidato, terá muitas chances, mesmo numa disputa contra seu (ainda) aliado Bruno, mas há também a suspeita que ele não tem coragem para enfrentar um parente. O mesmo que, há quatro anos, apoiou para a prefeitura.
No fim, mesmo bajulado pela oposição, talvez tema também ser tachado de traidor pelo grupo familiar. Ou parte dele. A julgar pelo que ocorreu, em 2020, quando tinha chances numa disputa ao governo, preferiu recuar, após inclusive flertar com João Azevedo, para finalmente assumir apoio a Pedro Cunha Lima.
Então, a julgar pelo histórico, talvez ele esteja apenas valorizando o passe para, no final, indicar o vice de Bruno, e seguir como dantes, apostando em chegar bem para a disputa majoritária de 2026, quanto arriscaria uma senatoria ou até mesmo uma disputa ao governo do Estado. Quem sabe.
Então, diante de seu comportamento deliberadamente enigmático, meu caro Paiakan, a pergunta persiste: para onde vai Romero? Talvez ele queira uma coisa, e faça outra. Ou não faça nada.