Sindifisco diz que RC tem superavit de R$ 430 mi e pode dar aumento a servidores
“O governador (Ricardo Coutinho) não dá um aumento justo aos servidores se não quiser, porque dinheiro ele tem em caixa. Para se ter uma ideia, somente de ICMS o Estado teve um incremento acima de R$ 430 milhões, ou cerca de 15% a mais do que arrecadou em 2011”. Declaração foi dada pelo presidente do Sindifisco, Vitor Hugo.
No ano passado, a arrecadação total de ICMS ficou em R$ 2.841 bilhões, enquanto esse ano os primeiros números do encerramento do exercício superam os R$ 3.7 bilhões. Segundo Vitor Hugo, o Governo RC projetava um aumento percentual de apenas 7%. “Mas, esse aumento ficou em torno de 15%, o dobro do previsto, porque o Fisco fez sua parte”, diz.
Segundo Vitor, não há “qualquer razão para o governador vir com um aumento irrisório, porque, na verdade, o Estado tem dinheiro para um reajuste decente ao funcionalismo”. O presidente do Sindifisco também lamentou que, “até o momento, o governador ou seus representantes não convocaram nenhuma categoria para negociar”.
O governador estabeleceu a data-base para o reajuste do funcionalismo no mês de janeiro, entretanto, até o momento, ele não abriu entendimentos com os servidores estaduais, para discutir os percentuais do aumento. RC tem dito apenas que o Estado só irá dar um reajuste que seja capaz de pagar, mas não deu pistas de quanto será o percentual.
Segundo Vitor Hugo, “todas as categorias já estão se mobilizando e se, porventura, esse reajuste não for dentro do que o funcionalismo está esperando, em função do superávit de ICMS que ele tem em caixa, então vamos nos mobilizar e mostrar aos paraibanos a real situação do Estado, e o modo de administrar desse governador, que não dialoga”.
Há uma sena acumulada do governador com o pessoal do Sindifisco, desde o início do seu Governo, em janeiro de 2011, quando suspendeu unilateralmente o pagamento de conquistas salariais obtidas ainda no Governo Cássio Cunha Lima e também pagas pelo ex-governador José Maranhão, como os subsídios em função da produtividade. A questão ainda tramita na Justiça, em ação movida pelo Sindifisco.