SALDO DA CALVÁRIO Tribunal imputa débito de R$ 1,9 milhão a ex-secretário por pagamentos ilegais à Cruz Vermelha
Mais uma capítulo na série de escândalos envolvendo a ligação promíscua do governo do Estado com a Cruz Vermelha, que embasou a Operação Calvário, durante a gestão Ricardo Coutinho.
O Tribunal de Contas do Estado acaba de julgar irregular a cobrança da taxas de administração, durante a gestão do Hospital de Traumas, e imputou débito de R$ 1.972.333,08 à Organização Social, e também ao ex-secretário Waldson Dias de Souza (Saúde).
Pra entender – Durante a terceirização do Trauma, a Cruz Vermelha gaúcha promovia a cobrança de taxas de administração julgadas irregulares, de acordo com voto do conselheiro-relator Antônio Gomes Vieira Filho. Ou seja, foram pagamentos ilegais à OS.
O TCE identificou também que a quantia a ser ressarcida pela OS importa em R$ 1.972.333,08, correspondente aos pagamentos efetuados pela secretaria de Saúde.
Na decisão, os conselheiros entenderam, à unanimidade, ter ficado configurada a irregularidade, já que os valores imputados deveriam ser devolvidos pela OS, supondo-se assim, que “as partes signatárias ludibriaram dolosamente a judicatura de contas”, conforme o entendimento do Ministério Público.
Seguindo o voto do relator, o Pleno responsabilizou o então superintendente da OS Cruz Vermelha, Edmon Gomes da Silva Filho, e o ex-secretário Waldson Dias de Sousa, solidariamente, pela devolução da quantia paga, que deverá ser ressarcida no prazo de 60 dias.