COM TORNOZELEIRA ELETRÔNICA Ministério Público defende prisão domiciliar do Padre Egídio após cirurgia de apendicite
O Gaeco (Ministério Público da Paraíba) emitiu, nesta quarta (17/04). parecer pelo estabelecimento de prisão domiciliar do Parde Egídio de Carvalho, com uso de tornozeleira. Caberá a Justiça decidir se acata o parecer ou mantém o padre preso.
O pedido foi apresentado pela defesa diante dos problemas de saúde de Egídio. No último dia 13, ele teve que submeter a uma cirurgia de apendicite, após se sentir mal na Penitenciária do Valentina. Ele está internado na UTI da Unimed e, segundo o último boletim divulgado pelo hospital, vem apresentando boa evolução.
O parecer do Gaeco defendeu a imposição cumulativa de medidas cautelares ao padre, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de se ausentar de sua residência sem autorização judicial, proibição de manter contato com pessoas diversas de seus advogados constituídos e dos familiares que residem no mesmo imóvel, além da proibição de acesso ou frequência em estabelecimentos vinculados a ASA e ao Instituto São José.
Diz o parecer do Ministério Público: “Em análise perfunctória da documentação anexada pela defesa, é possível verificar a existência de um quadro de saúde que merece cuidados além daqueles possíveis de serem prestados dentro da unidade prisional onde o acusado se encontra recolhido”.
Caso Padre Zé – O Padre Egídio foi envolvido e preso após a Operação Indignus, conduzida pelo Gaeco, quando se desbaratou um esquema criminoso, que movimentou milhões de reais, inclusive em recursos públicos, no Hospital Padre Zé e entidades vinculadas.
Segundo as investigações, os recursos desviados da entidade filantrópica, segundo o Gaeco, chegam a R$ 140 milhões. Parte dos recursos teria sido utilizada para compra de imóveis caros, veículos fr luxo, presentes e bens para terceiros, além de reformas de imóveis e aquisições de itens considerados luxuosos, como obras de arte, eletrodomésticos e vinhos.
Além do padre, as ex-diretoras do Hospital Padre Zé, Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte da Silva Dantas (ex-tesoureira), são investigadas por suspeita de envolvimento em esquema de desvio de recursos e fraudes na gestão do hospital, em João Pessoa.