FANTASMAS DA CALVÁRIO… PF cumpre 12 mandados contra fraudes em licitações de livros e pagamento de propinas na gestão Ricardo Coutinho
Os fantasmas da gestão Ricardo Coutinho voltam a sair do armário. Na manhã desta terça (11/06), A Polícia Federal deflagrou a Operação Livro Aberto, com o objetivo de reprimir a prática dos crimes de fraude à licitação, desvio de recursos públicos, corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
Os ilícitos estariam relacionados a contratos formalizados pela Secretaria de Educação da Paraíba, em 2018, no último ano do Governo Ricardo Coutinho, que tinha como secretário Aléssio Trindade.
Segundo as primeiras informações, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça, na Paraíba e outros Estados. Também foi determinada a indisponibilidade de bens, valores, dinheiro e ativos dos investigados visando recompor o erário público em valores que superam R$ 4 milhões.
Na Paraíba, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Campina Grande (Alto Branco, Centenário, Malvinas e Monte Santo), três em João Pessoa (Altiplano, Manaíra, Miramar e Tambauzinho) e dois em Lagoa Seca. Houve, ainda como parte da operação, cumprimento de mandados em Ponta de Pedras (Goiana), no litoral pernambucano e Arapiraca (AL).
De acordo com nota da Polícia Federal, as investigações foram iniciadas em 2019, diante dos indícios de pagamento de propinas a agente políticos, a partir de supostos superfaturamentos e licitações fraudulentas. O cumprimento das medidas cautelares visaram, nesta terça-feira, colher mais elementos informativos para o curso das investigações.
As investigações nos contratos da Educação, suspeitos de fraudes, foram iniciadas através da Operação Calvário, conduzidas pelo Gaeco (Ministério Público da Paraíba).
Dentre os alvos dos mandados de busca e apreensão estariam o deputado Branco Mendes (Republicanos) e o ex-deputado estadual Lindolfo Pires (Progresssistas), atual secretário de Juventude, Esporte e Lazer da Paraíba. Também estariam investigados o conselheiro Artur Cunha Lima (TCE), e os ex-deputados Artur Cunha Lima Filho, Edmilson Soares e Genival Matias (já falecido).