ERA SÓ O QUE FALTAVA… Gilmar Mendes anula todas as condenações de Zé Dirceu no âmbito da Lava Jato
O ex-todo-poderoso Zé Dirceu acaba de receber alforria por suas supostas traquinagens no escândalo da Lava Jato. O ministro Gilmar Mendes (Supremo Tribunal Federal) acaba de anular todas as suas condenações no âmbito da Operação Lava Jato.
Na decisão, Gilmar critica a “confraria formada pelo ex-Juiz Sérgio Moro e os Procuradores da Curitiba”. Ele diz que a operação “encarava a condenação de Dirceu como objetivo a ser alcançado para alicerçar as denúncias que, em seguida, seriam oferecidas contra Luiz Inácio Lula da Silva”.
Agora, com esta decisão, Zé Dirceu retoma integralmente seus direitos políticos e deixa de ser considerado “ficha-suja”. A decisão atende a um pedido da defesa para estender ao ex-ministro a decisão da 2ª Turma do STF que considerou o ex-juiz Sergio Moro suspeito para julgar Lula.
Lembrando que a Segunda Turma do STF, da qual Gilmar faz parte, já havia extinguido em maio, por maioria, a pena de Dirceu em uma condenação por corrupção passiva envolvendo o recebimento de propina de uma empresa que fechou contratos com a Petrobras em 2009. A sentença era de 2016.
Dirceu havia sido condenado pela 13ª Vara Federal de Curitiba pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Foram 8 anos, 10 meses e 28 dias de prisão pelos dois crimes.
Segundo o UOL, ao anular todas as condenações do ex-ministro de Lula na Lava Jato, Gilmar Mendes concluiu a parte judicial da Operação Lava Dirceu, expressão criada pelo senador Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato, para criticar a tentativa de reabilitar politicamente o petista.
A decisão não se debruçou sobre o mérito. O STF apenas extinguiu a pena porque entendeu que houve prescrição da punibilidade. Ou seja: o prazo para punir Dirceu expirou. Com a anulação de suas condenações, o arquiteto do mensalão e do petrolão tem ensaiado seu retorno à política, com direito a discurso no Congresso.