Governo suspende promoções e revolta policiais
A ponta do iceberg veio com a morte do soldado Michel (que foi atropelado por um motorista embriagado). Após seu falecimento, a família descobriu que, não apenas a viúva irá perder cerca de 40% dos seus vencimentos, como o Governo do Estado não efetuou sua promoção de soldado para cabo, apesar dele ter direito.
Na mesma situação do soldado Michel se encontram outros 500 policiais, que atingiram o tempo para promoção, participaram do curso de habilitação, mas não foram promovidos. “É muito grande a insatisfação e, especialmente, a desmotivação dos policiais dentro dos quartéis”, revela o coronel Francisco, presidente do Clube dos Oficiais.
Para ser promovido, um praça precisa ter um tempo de corporação mínimo e participar do curso de habilitação. Com a promoção, um soldado recebe um aumento em seus vencimentos de aproximadamente R$ 180, enquanto um cabo, quando é promovido a sargento, passa a perceber mais cerca de R$ 250 em seus contracheques.
“Nos últimos dois anos, vêm se acumulando um contingente de mais de 500 policiais, que já deveriam ter sido promovidos e, por uma razão que não conseguimos compreender, não estão sendo. Isso gera muita insatisfação, porque é um direito legítimo que o Governo vem solapando de uma categoria, que vem perseguida desde que este Governo assumiu”, pontuou o coronel.