Gastança na Granja: defesa de secretário é mantida sob segredo
O secretário Lúcio Flávio (Casa Civil) protocolou, desde o último dia 31, junto ao Tribunal de Contas do Estado, sua defesa no processo que trata da auditoria do TCE, que apurou gastos excessivos na Granja Santana, mas seu teor vem sendo mantido em sigilo. A chamada gastança na Granja repercutiu em toda a Imprensa nacional.
Lúcio chegou a contratar o advogado Johnson Abrantes para lhe representar dentro do processo e havia pedido prazo ao conselheiro-relator Umberto Porto, para melhor fundamentar sua defesa. O secretário é apontado como ordenador de despesas e, em última instância, responsável pelas compras que resultaram no escândalo.
Após a veiculação do escândalo, o promotor do Patrimônio Público, Rodrigo Pires de Sá, decidiu abrir um procedimento de investigação para apurar responsabilidades, a partir da auditoria realizada pelo TCE. Esse procedimento, caso tenha fundamento, pode resultar em um inquérito civil público. O promotor ná convocou Lúcio Flávio para se explicar.
A auditoria apontou que algumas despesas foram encomendadas pela primeira-dama, Pâmela Bório. Ela teria solicitado a compra de vários produtos de cama e acessórios para o quarto do filho, em um total de R$ 18,5 mil, levantando os orçamentos diretamente a lojas de seu gosto pessoal, e as aquisições foram realizadas sem licitação.
Além dessas compras, o que mais chamou a atenção na chamada gastança da Granja foi a compra de mais de 17 toneladas de carne de 1ª, lagosta, camarão e peixes nobres (alguns até em extinção), afora 460 latas de farinha láctea, para serem consumidas, em tese, pelo seu filho, no espaço de menos de um mês.
O deputado Janduhy Carneiro decidiu protocolar o pedido de instalação de CPI para apurar o escândalo.