Oficiais da PM adquirem apartamentos milionários, diz dossiê de ouvidora
O Blog obteve de uma fonte da PM as fotografias dos prédios, que constariam do dossiê elaborado pela ouvidora da Polícia, Valdênia Lanfranchi, em que acusa alguns oficiais da Polícia Militar de enriquecimento ilícito. Um dos oficiais citados no relatório teria adquirido dois apartamentos nesses prédios por valores que, somados, chegam a quase R$ 3 milhões.
O primeiro dos apartamentos no edifício conhecido como Residencial Yaveh, localizado à rua Maria de Lourdes Coutinho Torres, 380, no Altiplano Cabo Branco, no valor de R$ 1,38 milhão. O segundo deles, no Residencial Manoá localizado à rua Bacharel José de Oliveira Curxhatuz , 572, Bessa, no valor aproximado do R$ 1,3 milhão. Ambos da Construtora Mashia.
Em seu dossiê, a ouvidora estranha que alguns oficiais com vencimentos limitados estejam adquirindo patrimônios vultosos, a exemplo desses apartamentos. Ao que consta, uma cópia de seu dossiê foi encaminhada ao governador Ricardo Coutinho, e outra ao Ministério Público. Porém, até o momento, não se conhece a extensão das providências tomadas, em função das provas apresentadas.
Durante entrevista à Imprensa, a ouvidora Valdênia chegou a lamentar que as denúncias estejam sendo investigados pelos próprios suspeitos: “O meu receio é que as pessoas que estão envolvidas nos grupos façam parte das investigações e elas podem macular e dificultar.” Nesse caso, não teriam qualquer isenção para tocar as investigações. Ela espera que o Ministério Público acompanhe o caso de perto.
Valdênia chegou a dar uma pista: “Vejamos um exemplo. Se dois policias ganham um salário de R$ 10 mil, os filhos estudam no mesmo colégio, enfim, tem os mesmos gastos, mas um tem vários terrenos, mansões e anda em carro que não é uma Brasília, então tem algo errado. Mas, insisto que a Ouvidoria apenas escuta, recebe as denúncias, e temos conhecimento destes casos.”
E fez uma revelação: “A Corregedoria da Polícia Militar, quando é para punir, tem punido apenas os praças, mas não os oficiais. Não há critérios claros. As promoções de oficiais também não tem critérios claros, transparentes e publicizados devidamente.” Mais em bit.ly/Vbm0sI .