O processo contra o ex-presidente Bolsonaro, por supostamente estar envolvido em uma trama golpista, segue a jato. O ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, marcou para os dias 25 e 26 de março o julgamento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República.
Cinco dos 11 ministros fazem parte da Primeira Turma, e serão responsáveis pelo julgamento: Além de Zanin, Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia. Caso o colegiado acate a denúncia, Bolsonaro e mais sete pessoas passarão à condição de réus, e seguirão o rito de julgamento da ação penal.
A previsão é que, neste caso, o cronograma, de acordo com a velocidade imposta pelo STF, o julgamento do ex-presidente seja concluído em setembro. Seus advogados, que já admitem uma condenação, já preveem prisão para Bolsonaro, no final de 2025.
Os advogados dizem não ter dúvida que Moraes irá comandar a condenação de Bolsonaro. Segundo o advogado Paulo da Cunha Bueno, “o processo está sendo conduzido de uma forma absolutamente atípica, revelando uma pressa inédita para este caso”
Pressa – Para ilustrar a pressa do Tribunal, a defesa de Bolsonaro lembra alguns pontos: a denúncia foi apresentada em uma quarta-feira à noite e Bolsonaro foi citado já no começo da tarde do dia seguinte.
Depois: o ministro-relator Alexandre Moraes liberou para julgamento o processo no mesmo dia em que a PGR devolveu os autos e, ainda no mesmo dia, o ministro Cristiano Zanin agendou o julgamento do recebimento da denúncia.
Por fim: os autos do processo foram remetidos a PGR no mesmo dia em que as últimas defesas foram apresentadas. consideram essa pressa muito atípica.
Os ministros do Supremo não comentam sobre a queixa dos advogados.