REVIRAVOLTA… TCU decide que joias sauditas de Bolsonaro e relógio Piaget de Lula não são patrimônio público

Reviravolta no caso das jóias da Arábia Saudita. O Tribunal de Contas da União acaba de decidir que presentes de uso pessoal, recebidos por presidentes e vice-presidentes, não são patrimônio público e podem continuar com os mesmos ao saírem do cargo.

A decisão vale tanto para as jóias sauditas dadas a Bolsonaro, e que resultaram num inquérito da Polícia Federal, como também para o relógio Piaget do presidente Lula, doado pelo ex-presidente francês Jacques Chirac. Segundo o ministro-relator Jorge Oliveira “não é possível impor obrigação de incorporação ao patrimônio público em relação ao bem objeto da representação”.

Jorge Oliveira alega a inexistência de norma legal específica para esses casos, e “afasta a possibilidade de expedição de determinação ampla e generalizada, por esta Corte, para incorporação ao patrimônio público de presentes eventualmente recebidos pelos presidentes da República, especialmente diante de ausência de caracterização precisa do conceito de ‘bem de natureza personalíssima‘.”

Processo – Bolsonaro, como se sabe, foi indiciado por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos, por ter permanecido com as joias recebidas na Arábia Saudita. À época, o TCU determinou que as joias fossem entregues à União durante a tramitação do processo.O detalhe é que o processo, atualmente, está aguardando parecer da Procuradoria-Geral da República para ter denúncia, pedido de novas diligências ou arquivamento.