Seguem as rusgas no ambiente de instalação da federação entre o Progressistas do deputado Aguinaldo Ribeiro e o União Brasil do senador Efraim Filho, meu caro Paiakan. A impressão é que a federação não ser implantada, sem causar danos colaterais. Como se diz, não se faz omelete sem quebrar os ovos. Pelo menos na Paraíba.
Depois do senador afirmar que o União Brasil deve comandar a junção dos dois partidos na Paraíba, e que se o Progressistas não deixar a base governista, não haverá acordo para a federação na Paraíba, ele foi rebatido pelo prefeito Cícero Lucena (Progressistas). Acrescentando mais combustível no princípio de incêndio com Aguinaldo.
Como argumento, Cícero cita que seu partido já tem o vice-governador, Lucas Ribeiro, que poderá, inclusive, assumir o Governo em 2026, com a saída de João Azevedo (PSB) para eventual disputa ao Senado, e se tornar candidato natural à reeleição. Então, o candidato a governador deverá sair do Progressistas, raciocina.
“No caso da Paraíba, nós temos dois deputados e um vice-governador, enquanto o União Brasil tem um senador e um deputado, mas o governador a candidato certamente será Progressistas, então temos essa preferência, afinal, como disse, Lucas já é vice e deverá assumir o Governo e terá a preferência para disputar a reeleição”, acrescentou.
E arrematou: “Então, pelo desenho político que temos na Paraíba, o Progressistas deve assumir o comando da federação.” Efraim também se propõe a disputar o Governo do Estado, e precisa de um lastro para concorrer pela oposição. Então, meu caro Paiakan, essa conta não fecha.
Dai, é previsível imaginar que alguns devem deixar seu atual partido, em caso da federação se consolidar, em nome de um interesse maior que vem de cima.