Não será uma semana fácil para o deputado-presidente Hugo Motta (Republicanos), após viagem ao Japão. Hugo encontra a Câmara Federal conflagrada com o nível de polarização elevada, entre governistas e oposição, na esteira da recente decisão do Supremo Tribunal Federal de tornar Bolsonaro e mais sete réus por tentativa de golpe de Estado.
Com a tensão crescente, lideranças do PL decidiram ir ao limite, e promete trancar a pauta da Casa, se Motta não deliberar sobre a tramitação do projeto da Anistia. Hugo, que tem oscilado entre reconhecer excessos do STF (logo que assumiu a presidência), para afirmar, durante evento dos 40 anos de redemocratização, que não há censura, exilados ou presos políticos, está sob pressão.
Segundo a revista Veja, “da esquerda à direita, passando pelo Centrão, parlamentares são unânimes ao afirmar que a polarização entre os apoiadores e os opositores da anistia ao 8 de Janeiro vai dominar o embate político na Casa a partir desta semana, tanto nas comissões como no plenário.”
E ainda: “O principal palco dessa disputa promete ser a reunião de líderes que Motta deve comandar na quinta-feira. É lá que os líderes do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), e da oposição, Zucco (PL-RS), prometem elevar ao máximo a pressão para o presidente da Câmara colocar na pauta de votação o pedido de regime de urgência.”
Mais pressão – De quebra, um outro projeto que ganhou tração com o recebimento da denúncia da PGR pelo STF: a PEC do foro privilegiado, que já foi aprovada no Senado e precisaria ser apreciada na Câmara. A proposta também ajudaria Bolsonaro, que passaria a ser julgado na primeira instância.
