Independente do número de manifestantes, este domingo (06/04), na Avenida Paulista, vai sobrar para o deputado-presidente Hugo Motta (Republicanos). A pressão que já era grande pela tramitação do projeto de Anistia, deve aumentar em alguns decibéis, nos próximos dias.
A situação de Hugo não é das mais confortáveis. Logo que tomou posse como presidente, Hugo admitiu excessos do Supremo Tribunal Federal, leia-se ministro Alexandre de Moraes, nas penas impostas às pessoas envolvidas nos atos de 8 de Janeiro, e seu sinais claros de que iria pautar a matéria.
Mas, há poucos dias, antes da viagem ao Japão na comitiva do presidente Lula, Hugo mudou o discurso, sinalizando não acreditar em perseguições políticas no Brasil, principal mote que norteia o projeto da Anistia. Na volta ao Brasil, recomendou que os líderes não assinassem documento para aprovar urgência na apreciação do projeto.
Sua posição dúbia pode criar problemas para o restante de seu mandato. Passou a impressão que muda de opinião, de acordo com o tamanho da pressão. Por isso, os próximos dias serão em temperatura máxima, uma vez que a oposição, sem a assinatura dos líderes partidários, decidiu mudar de estratégia.
Pelo que informaram líderes do PL, a partir de agora, a ideia é colher assinaturas diretamente com os parlamentares. E, segundo um primeiro levantamento, neste final de semana, antes da manifestação da Avenida Paulista, o número de assinaturas já havia superado 190, das 257 necessárias para levar o projeto ao plenário em regime de urgência.
A conferir.