A toada será essa, meu caro Paiakan, até a definição das chapas majoritárias às eleições de 2026. Há farpas de lado a lado. Nos últimos dias, por exemplo, tanto o senador Efraim Filho quanto seu irmão, o deputado George Moraes (União Brasil), insinuaram, em entrevistas, haver ruídos na relação do prefeito Cícero Lucena (Progressistas) com o governador João Azevedo (PSB).
Tudo porque, como se sabe, João já sinalizou a possibilidade de uma candidatura natural de seu vice, Lucas Ribeiro, a governador, uma vez que assuma o Governo com a saída do governador para disputar o Senado. Ora, Cícero já tem dado mostras de disposição para disputar o Governo também. Mas, pelo visto, isso não tem sido combutível para estabelecer uma cizânia interna.
O próprio prefeito Cícero já sinalizou para a oposição: “Tudo não passa de intrigas de quem tem outros interesses eleitorais para 2026, e pretende estabelecer uma divisão em nosso grupo, para fortalecer seu projeto. Mas, isso não irá ocorrer”. Há poucos dias, inclusive, João, ao ser questionado sobre a peregrinação de Cícero pelo Estado, afirmou ser natural e que “cada um constrói seus caminhos”.
De forma que, a menos que haja algo que ainda não veio aos holofotes, meu caro Paiakan, a impressão é que a oposição, no seu papel, tenta promover a divisão no governismo para se fortalecer. Algo que, até o momento e até onde a vista alcança, não aconteceu.
