O governador João Azevedo (PSB) lava as mãos, meu caro Paiakan. Ao transferir para o Progressistas a responsabilidade de definir quem indica como candidato ao Governo na majoritária em 2026, João se exime e tira de si o peso de uma decisão entre o prefeito Cícero Lucena e o o vice Lucas Ribeiro.
Afinal, qualquer que seja a decisão, haverá consequências. Não se faz omelete sem quebrar os ovos. Se preterido, Cícero pode entender que, estando na liderança das pesquisas, não se justifica não ser o candidato. Algo que pode levar, inclusive, a especular a busca de um outro partido pra assegurar sua postulação.
Da mesma forma, se não for o escolhido, Lucas pode se julgar vítima de uma injustiça, vez que, na eventualidade cada vez mais concreta de João sair pra disputar o Senado, sua candidatura torna-se, digamos, natural e algo a ser respeitado pelos demais integrantes da base governista. Eis o tamanho do drama que se apresenta.
Ao compreender o tamanho da encrenca, João preferiu transferir para o Progressista a responsabilidade de arcar com as consequências da decisão.
