A CPMI do INSS que, no último dia 12, foi protocolada no Congresso Nacional tem a assinatura de apenas um parlamentar da Paraíba, o deputado Cabo Gilberto (PL). O documento, como se sabe, conta com 36 (bastariam 27) assinaturas de senadores e 223 (das 171 necessárias) de deputados.
O detalhe é que, apesar de não subscrever o requerimento, o senador Efraim Filho (União Brasil), defendeu a sua instalação, alegando que “não se trata de caça às bruxas, mas de criar sistemas de proteção contra fraudes reais, que afetam diretamente a vida das pessoas”. Chamou atenção.
Talvez por isso, tenha recebido críticas públicas do ex-governador Ricardo Coutinho (PT), para quem Efraim tem um discurso na Paraíba, de oposição ao Governo Lula, mas se alinha com o petista em Brasília, inclusive, ainda segundo RC, respandando a indição do ministro das Comunicações.
Agora, independente do número de assinaturas, já considerado bem suficiente, a instalação da CPMI depende da aprovação do presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União-AP). Curiosamente do mesmo partido de Efraim.
O detalhe é que metade das assinaturas veio da base do Governo Lula, inclusive de partidos que têm ministérios, que inclui 39 parlamentares do União Brasil, 28 do Progressistas, 24 do Republicanos, 20 do PSD e 15 do MDB, além de 6 do PSB do vice-presidente Geraldo Alckimin.
Dificuldades – Para ser criada, é preciso a leitura do pedido durante sessão conjunta de deputados e senadores, por determinação de Alcolumbre. A próxima sessão do Congresso está prevista para o dia 27 de maio.
O detalhe foi Alcolumbre fazer da comitiva do presidente Lula na viagem à Rússia e China. Para a oposição, a proximidade de Alcolumbre com o Planalto é um dos obstáculos para o avanço da CPMI.