Gastança na Granja: secretário põe Dom Aldo como testemunha de defesa
A defesa protocolada pelo secretário Lúcio Flávio (Casa Civil) junto ao Tribunal de Contas do Estado, no caso da gastança na Granja, vem sendo mantida em sigilo. Até porque, até onde o Blog pode apurar, ainda se encontra em análise pelos auditores. Mas, vazou uma fumaça branca: Lúcio pôs o arcebispo Dom Aldo Pagotto como testemunha de defesa.
A informação não deixa de causar certa estranheza entre os auditores do TCE. O que, afinal, o prelado tem a ver com a gastança de mais de 17 toneladas de carne de primeira, lagosta, camarão e peixes raros, alguns até em extinção? Teria o arcebispo abençoado as compras? Ou teria participado como conviva da apreciação desses quitutes?
Impressiona de fato as incursões que Dom Aldo tem feito na seara política. O arcebispo já participou de guia eleitoral nas várzeas de Sousa, foi testemunha de defesa do então governador Cássio Cunha Lima naquele processo que resultou em cassação (Caso Fac) e até chegou a defender uma insubordinação civil contra a decisão do TRE e do TSE.
Certamente haverá uma explicação convincente, para o secretário Lúcio Flávio envolver o arcebispo da Paraíba num escândalo, que foi manchete dos principais veículos de comunicação do País, como as revistas Época e IstoÉ, além do prestigiado jornal Folha de São Paulo. Até mesmo a presidente Dilma, quando esteve na Paraíba, evitou almoçar na Granja, para evitar se envolver no falatório das lagostas e camarões.