O deputado Romero Rodrigues (Podemos) está de volta, meu caro Paiakan. Novamente, se anuncia como candidato. Desta vez, montado num touro, talvez pra demonstrar “coragem”, diz ser pré-candidato a governador, e quer seu nome avaliado pelas oposições.
Parace um tipo de síndrome. Como se sabe, não é a primeira vez que Romero se apresenta para uma disputa majoritária e, depois, desiste. Certamente com receio de uma derrota, uma vez que nunca deixou muito claras suas motivações.
Este comportamento vem de muito. Em 2018, quando, ainda prefeito de Campina Grande, lançou-se candidato a governador e depois… bateu em retirada. Outro acossado pela mesma síndrome, na oportunidade, foi Luciano Cartaxo. Resultado: a oposição que tinha grande chance de uma vitória nas urnas, acabou derrotada.
Corta. Nas eleições do ano passado, Romero surgiu como opção na disputa pela Prefeitura de Campina Grande. Deu todos os sinais de que seria candidato, estimulou militantes e fez a oposição esperar até o derradeiro instante para, de forma nada surpreendente, bater em retirada novamente.
Agora, Romero retoma com um novo aboio. Em vídeo postado nas redes sociais, o deputado monta num touro, como a sinalizar que, agora, terá coragem de enfrentar a parada das urnas. Mas, o gesto deve ser encarado, a julgar pelo histórico, mais como uma brincadeira junina do que com uma disposição de ser candidato. Falta credibilidade.
Polêmica – No vídeo postado em sua página no Instagram, Romero afirma: “Tem muita gente indo de cavalo, outros de foguete, alguns pegando carona, Eu vou de touro, indo devagar e sempre e vou chegar primeiro.”
Foi claramente um recado ao prefeito Cícero Lucena (Progressistas), que admitiu ser candidato se o cavalo passar selado (e até se passar sem sela). Também ao senador Efraim Filho (União Brasil), que tem o foguete que não dé como símbolo de sua pretensão.
Cícero já respondeu à provocação de Romero: “Cuidado, porque o cavalo derruba o touro.” Efraim, aparentemente, deu ré: “A relação com Romero é extremamente boa, de muita conversa permanentemente e coerência daquilo que a gente vem falando desde o final do ano. As oposições estão unidas, elas têm o mesmo discurso, falam a mesma língua.”