Justiça tarda, falha, dá sobressalto mas confirma Dunga
O Tribunal Regional Eleitoral optou pela coerência. Claro. Depois da Justiça Eleitoral passar dois longos anos julgamento o processo de recontagem dos votos que favoreceu a posse de Carlos Dunga como deputado, ficou incompreensível uma decisão monocrática do juiz Marcos Accioly derrubar tudo assim em poucas horas.
Com a decisão dessa segunda-feira (dia 18), fica restabelecido o princípio que norteou todo o julgamento do processo. Ou seja, a validação dos votos do ex-candidato Oswaldo Venâncio (Bado – PMDB), que não foi atingido pela Lei da Ficha Limpa e, por consequência, a consolidação do mandado de Dunga como deputado estadual.
Não se trata em absoluto de ser favorável a Dunga ou a Genival Matias. A questão é apenas de se fazer Justiça. Se a Lei da Ficha Limpa não valeu para 2010, Bado não poderia ter sido penalizado. Caso inclusive similar ao ocorrido com o senador Cássio Cunha Lima. Ele assumiu o mandato, porque a Lei não valeu no pleito de 2010.
De modo que Dunga não precisa mais temer a polícia para deixar a Assembleia. Seu mandato está assegurado, como já deveria estar há muito mais tempo, se a Justiça não fosse tão lenta. Nesse caso, como em outras oportunidades, tardou e, por isso, falou. Dunga perdeu mais de dois de mandato e ainda teve esse sobressalto no retorno.