PENSAMENTO PLURAL A liberdade não se curva à violência, por Emir Candeia

Em seu comentário, o professor Emir Candeia afirma que “contra a tirania da violência travestida de virtude, a liberdade não deve se curvar á violência”, referindo-se a vários atentados, inclusive o mais recente nos Estados Unidos, contra líderes políticos. Confira íntegra…

Quem precisa de pedras, xingamentos e agressões para defender suas ideias não tem ideias — tem medo da verdade.
Nos últimos anos, uma escalada covarde tomou conta do espaço público: atentados, agressões e assassinatos de figuras que ousam pensar diferente.

Bolsonaro no Brasil, Trump nos EUA, Uribe na Colômbia, Shinzo Abe no Japão, líderes da AfD mortos na Alemanha, e agora, palestrantes sendo atacados até dentro de universidades, como o caso do assassinato do palestrante Charlie Kirk na universidade Uthar Valle ontem . O recado é claro: discordar virou crime, e o castigo é o silêncio imposto pela violência.

A esquerda se vende como guardiã da liberdade, mas só respeita a liberdade dela mesma. Para o pensamento progressista radical, “diversidade” é um palco onde só pode haver uma fala — a deles. Quem ousa levantar a mão para questionar, é linchado moralmente, cancelado, ameaçado ou fisicamente agredido.

Eles gritam “democracia” enquanto queimam os alicerces da democracia. Atuam como algozes e perseguem quem ousa discordar. É a construção de uma hegemonia pelo medo.

Universidades sequestradas. As universidades deveriam ser templos do pensamento. Viraram trincheiras ideológicas.
Quem não segue a cartilha da esquerda é chamado de fascista, reacionário, opressor — e tratado como inimigo a ser eliminado, não como um cidadão a ser ouvido. É doutrinação à força. É censura disfarçada de “justiça social”. É o fim do debate e o nascimento da intimidação.

A violência se tornou práxis. Eles tentam dar verniz filosófico à brutalidade. Eles exaltam ditadores como Fidel Castro, Che Guevara, Maduro e até grupos terroristas como o Hamas, como se o assassinato de opositores fosse “resistência” e não barbárie. Mas violência não é argumento. Censura não é virtude. Medo não é democracia.

A resposta: resistir com coragem. Quem acredita em liberdade não destrói a voz contrária — vence-a com ideias melhores. Quem acredita em democracia não cala — convence. Quem acredita no futuro não mata o debate — o expande. Não vamos permitir que a violência se torne a língua oficial da política.

A liberdade só sobrevive se houver coragem para defendê-la. E vamos defendê-la — com a firmeza da razão e com a coragem de quem não aceita viver de joelhos.

 

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