Em seu comentário, o professor Emir Candeia repercute noticiário da Imprensa, nos últimos dias, após denúncia do deputado Luiz Couto, do PT, indicando que o ex-governador Ricardo Coutinho estaria tentando arrebanhar seus votos, alegando que ele (Couto) estaria “velho demais”, e, ainda segundo o deputado, tentando cooptar apoios, oferecendo empregos, supostamento no Governo Lula. Confira íntegra…
O sururu entre Ricardo Coutinho e o deputado federal Padre Luiz Couto é grande. Hoje, Couto acusa Ricardo de etarismo (desqualificação pela idade) e de cooptar eleitores oferecendo cargos. São falas públicas recentes, em entrevistas e posts, cobrando apuração do PT.
É corriqueiro o baixo nível entre eles. Na convenção do PT em 2000, Ricardo chama Luiz Couto de “cabra safado” e grita “eu vou lhe pegar” — no mínimo, uma ameaça física, e também teria chamado Couto de “imbecil”.
Um lado alega oferta de cargos por voto e o outro responde sem agenda programática, a mensagem é cristalina: o “projeto” é ocupar cadeira, não entregar política pública. É o velho curral: quem distribui mais cercadinhos (cargos) leva mais gado (apoios).
O eleitor vira peça de leilão, e os cargos viram moeda, mérito vira detalhe e serviço público vira balcão. Assim apresentam zero planos, zero projetos para saúde, emprego, segurança, e desenvolvimento, é apenas a institucionalização do toma-lá-dá-cá.
É o conteúdo, não disputa programa, metas, rumos. Aqui, vira contagem de cargos e ofensas pessoais — com histórico de xingamentos e ameaça em convenção passada. Isso é clientelismo com verniz progressista.
Se hoje o centro da conversa são ofensa etarista e toma-lá-dá-cá, e ontem já houve “cabra safado”, “imbecil” e “eu vou te pegar”, o eleitor já perdeu. O PT da Paraíba dá mau exemplo: troca política pública por política de balcão. Enquanto Couto e Ricardo medem quem manda em qual pedaço, ninguém governa problema real.
(Emir cita trechos de um vídeo em que Coutinho ofende Couto, durante uma convenção do PT no Lyceu). Confira vídeo…
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