Como em Sucupira: Governo provoca caos na BR 230 pra inaugurar… passarela
Só existem dois lugares no mundo, onde se faz esse tipo de inauguração: na Sucupira, de Odorico Paraguaçu (O Bem Amado), e na Paraíba, de Ricardo Coutinho (talvez nem tanto). Ora, como é que um governador deixa os seus afazeres, quando podia inclusive estar trabalhando um plano de combate à violência, e mobiliza toda uma guarda pretoriana de seguranças, para inaugurar uma… passarela?
Pois, foi o que aconteceu, na tarde desta quarta-feira (dia 27), na BR-230, proximidades do Conjunto Renascer. Durante praticamente todo o dia, operários foram mobilizados para dar os últimos retoques na obra (!), enquanto os seguranças patrulhavam a área em busca de manifestantes capazes de vaiar o governador. Tudo para receber sua excelência. Resultado: o trânsito engarrafou.
No meio da tarde, o engarrafamento ia de Intermares até o Renascer, no sentido Cabedelo/João Pessoa, e do Renascer ao Hiper no sentido oposto. Não foram poucas as escaramuças, envolvendo motoristas de caminhões transportando carga (algumas delas perecíveis) do Porto de Cabedelo. Alguns estavam revoltados com a demora em passar no local. Vários motoristas se indispuseram com os seguranças.
A passarela é uma obra necessária, para desafogar o tráfego no local, e nisso o Governo deve ser louvado. Até porque executou o que era de responsabilidade do inoperante Dnit da Paraíba, mas, convenhamos, fazer toda essa pirotecnia e causar atropelos a tantos somente para o governador inaugurar, foi um pouquinho demais. Odorico Paraguaçu deve estar se deliciando lá onde estiver.
Não se tem notícia na Paraíba de um governador inaugurando passarelas. Esse foi o primeiro caso. Várias passarelas dessas foram construídas pelos ex-governadores Cássio Cunha Lima e Zé Maranhão, nas obras de duplicação da BR 230, e não houve essa pirotecnia. No fim, a ironia: uma obra que deveria desafogar o tráfego, nas proximidades do Renascer, causou um engarrafamento infernal.
Em Sucupira, Odorico inaugurou um cemitério e era vaiado nas suas aparições públicas, sempre que não levava sua claque para peitar os manifestantes. Fora disso, tudo o mais é mera coincidência…