Gigantismo tem disso, meu caro Paiakan. O Republicanos tornou-se, sob o comando do deputado Hugo Motta, um dos maiores, senão o maior partido da Paraíba, em número de deputados especialmente. Com isso, tem integrantes de vários matizes ideológicos e, obviamente, também interesses diversos.
Resultado: o partido já parte, em qualquer processo, com sinais de fissura. Veja o caso da definição visando 2026. Após um final de semana de reuniões, o partido demonstra que será tudo menos monolítico quanto à chapa majoritária. Há votos de todos os tipos, quando se observa o que dizem deputados e vereadores.
Majoritária apenas quanto ao voto pelo Senado. Neste caso, a tendência hegemônica é que o partido vote (quase) em massa nos pré-candidatos João Azevedo (PSB) e Nabor Wanderley (Republicanos). Mas, para o Governo, há divisões. Há votos para Lucas Ribeiro (UP), como também para Cícero Lucena (sem partido).
De permeio, o partido ainda terá que administrar o fator Adriano Galdino. O deputado está renitente com a disposição de disputar o Governo e, certamente, levará até onde possível sua postulação. E, se vier a desistir, provavelmente, irá reivindicar uma compensação. Pode ser indigesta.
Por derradeiro, no caso dos vereadores de João Pessoa, é praticamente unânime o apoio a Cícero. O detalhe é que, tanto para deputado, quanto para vereador, o partido (leia-se Hugo) muito dificilmente irá intervir. Primeiro, porque o apoio a Nabor está garantido, depois pelo risco de perder aliados, meu caro Paiakan.
Então, a divisão é o preço que se paga por crescer demais, sem uma base homogênea.