
O Cabo Gilberto (PL), na condição de líder da Oposição, encabeçou movimentação para suspender, temporariamente, o recesso parlamentar, e permitir que seja protocolado um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes (Supremo Tribunal Federal”.
O deputado, em entrevista à Imprensa, em Brasília, afirmou que “as últimas denúncias contra Moraes, a tentativa de pressionar o Banco Central em favor do Banco Master, segundo noticiado pelo jornal O Globo e o contrato da banca de sua esposa, Viviane, no valor de R$ 129 milhões, já são motivos suficientes para um processo de impeacment”.
Disse ainda que “ninguém aguenta mais o ministro Moraes, que tem agido ao arrepio da Lei e da Constituição, atuando como suposta vítima, acusador, investigador, xerife e julgador, numa subversão total do estado democrático de direito, com uma maldade poucas vezes vista na História do Brasil, a exemplo da condenação de inocentes a 17 anos de prisão”.
Uma CPI – O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) também anunciou que coletar assinaturas para a abertura de uma CPI: “Após o recesso, vou coletar as assinaturas para investigação de notícias sobre um contrato entre o Banco Master e o escritório da família do ministro Moraes, de 129 milhões, fora do padrão da advocacia, além desta notícia de atuação direta do ministro em favor do banco.”
Pra entender – Numa série de reportagens, a jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, denunciou encontro entre Moraes e Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, em que o ministro teria pedido que o BC autorizasse a compra do Banco Master pelo banco estatal de Brasília, o BRB. Também divulgou o contrato milionário da banca de Viviane Moraes, no valor mensal de R$ 3,6 milhões, totalizando R$ 129 milhões, em 24 meses.