Lideranças silenciam e deixam Campina de joelhos
Por muito menos, Campina Grande já pegou em armas para defender seus interesses. Mas, o que está ocorrendo, ultimamente, é de causar espécie nessa pendenga envolvendo o governador Ricardo Coutinho e a Universidade Estadual da Paraíba. Impressiona a inércia de suas principais lideranças em defender a Instituição que se tornou patrimônio, não apenas de Campina, mas de todo Estado.
Por que o silêncio do senador Cássio Cunha Lima? Afinal, Cássio está com a UEPB, a quem conferiu a autonomia, ou com RC seu aliado a quem ajudou a eleger? Mas, não apenas Cássio, também o senador Vital Filho, o vice Rômulo Gouveia, o prefeito Veneziano, deputados, vereadores e entidades como Fiep, Associação Comercial, CDL e que sempre se levantaram pra defender a cidade.
Quer dizer que o governador retira a autonomia da UEPB, acusa seus dirigentes da prática de falcatruas e fica tudo por isto mesmo? Então, Campina decidiu ficar de joelhos? É inusitado que uma cidade sempre tão altiva, protagonista das principais decisões políticas do Estado, de repente abaixe a cabeça, e renuncie à luta. Essa, realmente, não é a Campina que conheci indômita na busca dos seus ideais.
Independente do contencioso entre a direção da UEPB e o Governo RC, que certamente terminará na Justiça (que caberá arbitrar quem está com a razão), é imperativo que as lideranças de Campina não se acovardem. Vale para todos. Se, hoje, o Governo afronta uma instituição como a UEPB, a quantos mais não irá afrontar amanhã, se quem tem autoridade e legitimidade para reagir cruza os braços?