Cartaxo recua e baixa passagens. Por que RC não faz o mesmo com a MP 204?
O prefeito Luciano Cartaxo fez o óbvio: recuou. Claro que valeu a ameaça de protesto dos estudantes para a próxima quinta-feira, mas Cartaxo demonstrou também alguma humildade, ao reconhecer os efeitos da Medida Provisória nº 617, da presidente Dilma, que isentou PIS e Confins dos insumos que incidem sobre o preço das passagens.
Com isso, o preço das passagens, que, recentemente, foi reajustado a R$ 2,30, volta ao patamar anterior de R$ 2,20. Os dez centavos podem parecer pouco, mas pode pesar no bolso de algumas pessoas mais carentes. Além do mais, a redução tem o valor emblemático de mostrar que um governante não pode ter ideia fixa, especialmente em confronto coma sociedade.
Aliás, o governador Ricardo Coutinho deveria aproveitar esse momento delicado porque passa o País, e também demonstrar alguma humildade, recuando. Sim, recuando na MP 204, e aceitando o reajuste proposto pelos deputados, que elevaram o percentual de aumento de 3% para 5,84%. Afinal, foi apenas a reposição do índice inflacionário.
E Cartaxo também poderia aproveitar o momento para cobrar das empresas de coletivos a prestação de um melhor serviço à população. E poderia, de fato, a apresentar um plano exequível de mobilidade urbana, com a alteração e alargamento de alguns corredores e, especialmente, a implantação de um sistema de transporte de massa realmente decente.