A banalização da vida na Paraíba dos tempos republicanos
A cena se tornou corriqueira na Paraíba dos tempos republicanos: dois bandidos abordam um cidadão, tomam seus pertences e, sem qualquer reação da vítima, ainda atiram. Aconteceu, há poucos dias, em João Pessoa, com a blogueira Diene Toscano, que felizmente sobreviveu. E, infelizmente, aconteceu com a empresária Célia Márcia Santos Cirne, em Campina Grande, que não sobreviveu.
E fica a indagação, tão bem explicitada, em nota distribuída pela Associação Comercial de Campina Grande: “Quantas pessoas de bem, cumpridoras de seus deveres, que ficam a mercê da violência e insegurança, quantos mais terão suas vidas ceifadas?” Sim, quantos ainda terão que morrer nessa guerrilha que se tornou a violência na Paraíba, antes que o Governo do Estado tome uma providência?
Enquanto se negar a nomear os concursados da Polícia Militar e Civil, enquanto tratar com desdém os policiais da Paraíba, enquanto não reconhecer a escalada de violência no Estado, ou ainda, melhor enquanto não reconhecer o desastre de sua política (se é que existe) de Segurança Pública, mais paraibanos serão vítimas de um Estado absolutamente inoperante para enfrentar a bandidagem.
Num cenário assim, o que se vê é a banalização da vida. O ser humano apenas um número a mais nas estatísticas, o mais das vezes, inclusive, adulteradas. Como se a morte de cidadão de bem, tombada pela mão da marginalidade, fosse algo previsto, de acordo com as tais estatísticas. A Paraíba, na verdade, vive uma guerrilha sem precedentes. Um desastre administrativo para quem prometia resolver o problema em apenas seis meses.
A Paraíba, os paraibanos não merecem passar pelo terror que estão passando.
CONFIRA VÍDEO DA FUGA DOS BANDIDOS QUE MATARAM A EMPRESÁRIA…