A (má) sorte de Santa Rita com seu troca-troca de prefeitos
É uma novela que vem se arrastando desde o início de 2014, quando surgiram os primeiros rumores sobre a iminente cassação do prefeito Reginaldo Pereira. Então, em 20 de março ele foi afastado pela primeira vez. Mas, retornou. Só que, em 25 de abril, a Câmara Municipal, com 18 votos favoráveis, cassou Reginaldo pra valer.
Ele foi acusado de nepotismo, prática de irregularidades em licitações e contratação ilegal de servidores sem a existência oficial dos cargos. Seria por um período de 90 dias, enquanto a Casa avaliaria as denúncias. Reginaldo deixou a Prefeitura afirmando ter sido vítima de um golpe. Ele alegou que não teve direito a defesa por parte dos vereadores, alinhados com seu vice, Netinho.
Desde então, a Prefeitura mudou de mãos. E quando se imaginava que a situação estava estabilizada, eis que os vereadores mudam o entendimento em relação a Reginaldo. Em sessão polêmica desta terça (dia 16), eis que anularam a cassação de Reginaldo, determinando que reassumisse o comando do Município. Ou seja, o caos estava reinstalado.
Mas, antes que Reginaldo pudesse efetivamente comemorar a posse, novamente uma mudança nos destinos da desafortunada Santa Rita: o juiz Gustavo Procópio Bandeira de Melo (5ª Vara Mista de Santa Rita) arbitrou a suspensão dos efeitos da anulação da cassação Reginaldo. Motivo: a Câmara teria usurpado uma prerrogativa que era da Justiça, além de resguardar a governabilidade do Município.
Obviamente, não ficar por isso mesmo. Reginaldo ficou apenas seis horas no cargo. E assim Santa Rita, uma das cinco maiores cidades do Estado (o terceiro maior colégio eleitoral), segue a sua sina, sem um prefeito definido e, em última instância, sem um projeto de Governo para resgatar a cidade de um atraso histórico.