A manifestação gigante desse 13 de março foi um recado para Lula, Dilma, Moro e o Congresso
Há pouco a acrescentar em relação a esse 13 de março. As redes sociais e as TVs deram conta. E mostraram como alguns aspectos não podem ser negados. Diferente das demais manifestações, essa de ontem (domingo) foi a maior e teve um foco: protestos contra o PT, contra o ex Lula, e pelo impeachment da presidente Dilma, além da óbvia ojeriza à classe política.
Tanto que, em várias partes do País, mas especialmente na Avenida Paulista, o epicentro da manifestação de ontem, algumas figuras como Marta Suplicy e Geraldo Alckimin, apenas para citar duas das lideranças mais emblemáticas, foram hostilizadas pelos manifestantes. É redundante falar do desgaste da classe política. Mas, é inequívoco que a manifestação de ontem teve um foco maior em Lula e Dilma.
Está claro, a esta altura do campeonato, que a maioria do povo brasileiro está contra o Governo Dilma. O País nem está mais dividido, como saiu das eleições de outubro de 2014. Dilma está em flagrante minoria, eis a verdade. Um número ainda incerto entre 3,5 milhões e 6,6 milhões de brasileiros foram às ruas pedir sua saída. É a maior expressão das ruas desde o tempo das Diretas Já.
Se o Congresso Nacional dependia de um sinal das ruas para iniciar o processo de impeachment. Esse sinal veio. Se o juiz Sérgio Moro precisava de apoio decidido dos brasileiros para seguir com a Lava Jato e enquadrar personagens mais graúdos, esse apoio foi dado ontem. Agora, se Dilma passará pelo impeachment, ou se Moro irá conseguir o que propõe já é uma outra história.
O Brasil não é um País para amadores. Algumas situações podem mudar repentinamente, a partir da ação dos atores profissionais. Mas, a verdade é que, a preço de hoje, e nos pós-operatório desse 13 de março, a presidente Dilma precisará reagir de uma forma rápida e enérgica, para evitar o desastre. Que, desde esse domingo 13, tornou-se iminente.
(foto acima – G1)