A oportuna prisão de motorista acusado de matar agente de trânsito em Lei Seca
A prisão de Rodolpho Carlos, acusado de atropelar e matar o agente de trânsito Diogo Nascimento, durante uma blitz da Lei Seca em João Pessoa, apesar de ocorrer com grande atraso, revela que a Justiça pode se estabelecer mesmo contra os poderosos, quando se dispõe a tanto. A decisão do juiz Marcos Williams vem mitigar, de certa forma, a frustração de parentes e familiares com a impunidade.
É evidente que a família de Rodolpho vai agir para tentar relaxar a prisão, mas a verdade é que ele não poderá deixar de enfrentar a lei. Em algum momento. Não se trata de pré-julgamento, mas da imperiosa necessidade de se estabelecer a paridade entre os mais humildes e os abastados. Está claro que, se o motorista não fosse uma pessoa sem muitas posses, o processo teria caminhado mais célere.
O caso pode ser pedagógico para muitos que se pretendem colocar acima da lei. Não se pode, é claro, demonizar o motorista, nem antecipar julgamento, mas não se pode permitir a impunidade que certamente estimula novos episódios do tipo. Pense na família do agente Diogo, o que passou e vem passando desde a tragédia. A família de Rodolpho certamente também enfrenta o infortúnio, mas não é nunca comparada a quem perdeu um ente.
Quem prima pela democracia, há que apelar para que Justiça seja feita.