Advogado diz que arquivar CPI revela temor do Governo com investigações no Empreender
Segue rendendo a decisão da Mesa Diretora da Assembleia de rejeitar a instalação da CPI do Empreender PB, protocolada pela oposição. O advogado e ex-secretário Harrisson Targino estanhou a decisão da Casa, considerando que “são relevantes e muito graves os fatos jurídicos que embasaram o pedido de instalação da CPI do Empreender”.
“Há toda uma comprovação de mau uso dos recursos públicos, com claros indícios que indicam a necessidade de uma apuração rigorosa”, acrescentou o advogado. Harrisson entende que a “tentativa do Governo impedir a instalação da CPI parece indicar receio de que as investigações possam comprovar ilícito nas eleições do ano passado”.
Como se sabe, a Mesa Diretora decidiu arquivar a CPI, alegando que já outras três emfuncionamento na Casa: a da Telefonia Móvel e a dos Pardais. Mas, para Harrisson, “essa justificativa não parece muito convincente, quando se fala em instalação prévia de CPIs que nunca antes se ouvira falar, antes até ter sido protocolada a CPI do Empreender”.
Harrisson insiste na existência “de muitas coisas que precisam ser explicadas e acho natural que se busque instalar a CPI e devo até dizer mais, na democracia os governos que não temem, devem facilitar a abertura da CPI para demonstrar que não temem e o próprio impedimento da CPI já demonstra temor de enfrentar o grave drama do uso do programa com objetivos políticos e eleitorais”.